Exercícios físicos - Lutando contra a maré I

Amigos Parkinsonianos,

Quando fui diagnosticado (depois conto esse episódio detalhadamente) decidi que faria tudo para nadar contra a maré. Tudo que estivesse ao meu alcance para ser mais forte que o parkinson ( durante o passar dos blogs eu contarei os meus planos) eu estava disposto a fazer.

Entre todas aa recomendações que recebi  uma foi unanime: Faça exercícios físicos.
Então fui em uma academia e escolhi uma atividade.

No começo, como acontece com todo o mortal, voce fica empolgado, animado, com vontade de cantar uma bela canção, mas depois que passam 3 meses aquilo começa a entrar na rotina e voce começa a desanimar. E isso começou a acontecer comigo. Mas eu resisti. Tinha a convicção que isso não era uma passatempo e nem uma atividade estética mas tinha haver com minha saúde, com o meu bem estar e de minha família. Eu resisti. E hoje estou a praticamente há 3 anos fazendo exercícios que vão de segunda a sábado regurlamente.

3 dicas por experiência:

- Faça um exercício físco regularmente. Seja disciplinado. Os exercícios físicos regulares retardam os sintomas.
As vezes que fiquei 3 dias sem me exercitar senti uma grande diferença na minha coordenação. Mesmo com a medicação o tremor e a falta de coordenação aumentavam além de uma sensação de incomodo que ainda não consegui entender no braço onde possuo o tremor.

- Faça um exercício que force a musculatura.
Independente da atividade que voce faça, seja ela fisioterapia, yoga, pilates, kamaSutra, RPG que são atividades essenciais para quem possui parkinson faça também uma atividade que force o membro que lhe incomoda mais. No meu caso o meu braço esquerdo é o atingido. Forço ele sempre que posso. Sinto que a coordenação melhora com o tempo.

- Resista aos primeiros 3 meses
Por experiencia própria iniciar exercícios é como abrir uma empresa. Se ela não falir no primeiro ano ela tem futuro. No caso dos exercícios são os 3 primeiros meses. Já vi dezenas e dezenas de pessoas começarerm empolgados na academia, comprando até roupas típicas, e não voltarem depois de 8 semanas. É comum. As pessoas se entregam a preguiça. É compreencível visto o mundo em que vivemos. Mas o parkinsoniano têm que lembrar que nós temos um outro ojetivo. Lutar contra a maré. Então seje disciplinado.

Amigos,
não sou médico e nem formado em saúde. Lembrem-se, qualquer informação aqui é por minha própria experiência.

Um tremendo abraço a todos.

Comentários

Leonebarbosa disse…
Caro Miguel
Vc não tem noção de como tudo que vc escreveu me deu novo animo.
Sempre fui um cara alto astral e sou até hoje mesmo tendo sido diagnosticado com esses "presentinho" resrsrs.
Eu não aceitei isso até hoje, tanto que pouquissimas pessoas do meu convivio sabem disso.
Estranho né?
Pois é, tenho lutado comigo mesmo para não me deixar cair. Me acho super novo e não aceito ser derrubado por isso.
Achei super interessante o que vc escreveu sobre academia e tal e vou pensar nisso com mais calma.
Tb o que vc relatou sobre o guarda e a multa, depois de rir muito, eu percebi que temos a mesma reação. É só a situação sair um pouco do controle e pronto, ja saio eu todo tremulo e com dificuldade de expressar. As pessoas não sabem do que se trata e arregalam um olhão rsrsrs.
Agradeça a Deus por ter uma esposa do seu lado, que com certeza te da todo apoio.
Sou divorciado e tenho 2 filhos, graças a Deus, e por eles tenho enfrentado isso tudo pois ainda tenho que deixa-los bem encaminhados.
Agradeço por vc ter postado seu "caso", vou acompanhá-lo sempre para rir e me espelhar.
Forte Abraço
Léo
Marilim disse…
Caro Leo, posso dizer que passei por tudo isso que relatou e "saí do armário" há bem pouco tempo quando um amigo me encaminhou pelo facebook uma noticia da Asparmig, e aí comecei a conversar com alguns integrantes da Associação, trocando informações e me revelando portadora de parkinson. Eu também pensava que as pessoas de fora não percebiam minha doença e agora percebo que eu era como mulher traída: todos sabiam e não me diziam.....hehehe...hoje eu já me permito falar sobre a doença, inclusive estou entrando em contato com outros portadores para formarmos um grupo de apoio. Estou convencida que grupos com esta finalidade fortalecem o indivíduo, a troca de informaçao ajuda a ter uma outra visão da doença. Coloco-me disponível para trocar informações sobre nosso cotidiano de "tremedores"....tem que rir e não chorar....abraços, Marilim

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