Rir de si mesmo
Existe um
distúrbio muito conhecido mas eu não sei ao certo o nome. Não sei
se é discinesia, ou se SPI (Sindorme das Pernas
Inquietas) ou Parassónia, mas
é definida
como manifestações noturnas anormais durante o sono, em forma de movimentos,
que levam à interrupção do mesmo.
Sim, eu
sei, você vai me dizer que não conhece
pelo nome mas com certeza já passou por isso. Quando você inicia o sono em que os
sonhos começam a aparecer na sua mente, você sonha que está jogando futebol e
um dos chutes que você dá no sonho ocorre na realidade em sua cama. E
coitado de quem está ao seu lado
As vezes é
um chute, um murro, uma cotovelada. Bem, acredito que todos já tiveram uma
experiência como essa. Mas para as
pessoas que possuem Parkinson, lógico em
alguns casos, esses movimentos repentinos são mais comuns. Nada grave.
Dependerá muito do seu nível de cansaço, estresse. Nada preocupante.
Já chutei
muito a minha esposa e já dei uma
cotovelada na cabeça dela. Não venham me dizer sobre a lei “Maria da Penha”, eu
estava sonhando, e ela que por infelicidade estava no lugar errado. Situação
normal até então, que acontece com a maioria das pessoas independente se possui Parkinson ou não.
A algum
tempo, depois que o Parkinson apareceu, eu já havia percebido que os movimentos
involuntários durante o sono estavam um pouquinho mais intensos. Nada que me
atrapalhasse a dormir. Em uma dessas noites sonhei que estava dirigindo um
carro e que eu estava sendo perseguido, não me lembro bem o porque. Mas o que me lembro é que durante uma curva
acordei caindo da cama, batendo a cabeça na parede e depois batendo a cabeça
no chão do meu quarto.
Como era de se esperar, acordei muito assustado e com dor. Minha esposa acordou, mais assustada ainda, perguntando:
- O que
aconteceu? O que você está fazendo no chão? Que barulho foi esse?
E eu disse:
E eu disse:
- Eu cai no
chão. Estava sonhando que estava dirigindo e fiz uma curva...
Então terminei:
Então terminei:
- ... Acho
que a curva foi muito fechada...
Depois
disso não parávamos de rir.
E essa
situação me mostrou uma coisa muito simples: Temos que levar a vida menos a
sério. Temos que rir mais das situações, mesmo que elas sejam tristes ou
bizarras como essa. Isso nos ajuda a levar a vida melhor. Eu sei, eu sei, nem tudo são flores e que o riso constante
é insano. Então existe o dia em que você está triste, mas são esses dias que
nos fazem valorizar o riso diário.
Dessa
maneira termino com a frase de William Arthur Ward:
“Ser capaz
de rir de si mesmo é maturidade.
Abraços a todos.
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Abraços